Por Victor O. P. Coelho
Na parte coletiva, o time se mostrou mais coeso, marcando bem pelo menos desde o meio-campo até atrás, com a defesa firme e atenta, praticamente anulando o time do América – que, embora ainda limitado, é um time que havia se mostrado coeso, determinado e perigoso no ataque contra o Cruzeiro.

Na parte individual, Guilherme mais uma vez fez uma grande partida, mesmo um tanto no sacrifício por estar ainda recuperando da última contusão (e esperemos que seja a última mesmo este ano). Foram dos pés dele que saíram os dois primeiros gols. Bernard também melhorou, se movimentando mais, deixando de ser o jogador previsível e facilmente marcado das partidas anteriores, desde que voltara do departamento médico. Marcos Rocha também melhorou, mas o caso especial foi de Richarlyson.
Vencer
o Campeonato Mineiro de forma invicta é, de fato, um grande feito e
merece a comemoração. Mas, todos já sabem que o Galo precisa de
muito mais. Tendo isso em vista, e sem pretender diminuir a
conquista, sejamos realistas: o nível do futebol mineiro hoje é
muito fraco. E não me refiro apenas aos times do interior. O
Cruzeiro só não foi rebaixado ano passado pela “ajuda” do Galo,
que resolveu entrar em campo já de férias. Ficou agora de fora da
final do estadual, tendo sido desclassificado na semi-final pelo hoje
goleado América. O América, por sua vez, é um clube organizado,
com time coeso e de bom nível para disputar a Série B, parece ter
um projeto consistente para sonhar voltar e permanecer na Série A.
Mas ainda é, no máximo, uma equipe da Série B. E o Galo... Dos
jogos mais importantes, empatou o único jogo contra o Cruzeiro
depois de abrir 2 a 0. Dos três jogos seguidos contra o Tupi –
melhor time do interior e atual campeão da Série D nacional –,
empatou dois e ganhou um apertado. Contra o América foi melhor,
tendo ganhado um jogo equilibrado (embora com mais posse de bola do
Galo) na fase de classificação, empatado o primeiro jogo da final e
finalmente hoje se impôs de maneira que o jogador (ex-)americano
Moisés reconheceu a superioridade do rival após o jogo. Mas o pior
de tudo foi a patética eliminação diante do Goiás da Copa do
Brasil, para manter nossa patética tradição nesse campeonato e
para consolidar a humilhante freguesia diante do time goiano.
Contudo,
o time precisa de mais dois ou três reforços pontuais. Precisa
demais de um camisa 10 para chegar e virar titular, idem para a
lateral esquerda. Os nomes do momento (Forlán e Junior Cesar) são
bons, se jogarem seu melhor futebol (no caso do Forlán, sem exigir
que seja o mesmo jogador da última Copa do Mundo). Talvez um goleiro
experiente, embora eu prefira que seja mais um meia ou atacante de
bom nível, além do camisa 10. Acredito que o dinheiro disponível
pudesse ser usado para mais (ou seja, quatro ou cinco) boas
contratações, de jogadores do Brasil ou América Latina, com
jogadores que não fossem tão estrelas mas que já pudessem chegar e
somar futebol ao time, desde o início do campeonato. Seria algo mais
tangível, concreto, que talvez rapidamente já colocaria o time
entre os fortes candidatos a brigar pelo G-4. Mas vejamos o que
acontecerá.

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