Lucas Morais
Termina
mais uma temporada na Europa. A temporada 2011-2012 foi um presente
enorme para os fãs da bola.
O
Athletic Bilbao, maior e mais representativo clube do País Basco e a
luta por independência deste povo face ao Estado monárquico
espanhol, fez uma campanha regular na Liga Espanhola e disputou a
final da Liga Europa com sua histórica “filial”, o Atletico de
Madrid, que foi fundado por estudantes bascos em Madri em 1903. O
time basco, fundado em 1898, somente com jogadores de origem basca e
sob o comando de “Loco” Bielsa, perdeu a final após uma
brilhante campanha, que contou, inclusive, com a vitória sobre um
Manchester United completo, com todos seus titulares em campo, sob
comando de Alex Ferguson, para um Atletico comandado pelo matador
colombiano Falcão. Doloroso para os bascos, mas deu a lógica: o
Atletico havia feito uma campanha invicta e com maior número de gols
na Liga Europa, além de boa uma campanha na Liga Espanhola.
No
Estado espanhol, o incrível Barcelona do argentino Lionel Messi, dos
meias catalães Xavi Hernández e Andrés Iniesta e comandados pelo
também catalão Pep Guardiola, entrou meia-bomba na temporada, sem
Villa, contundido, com várias transições, como o retorno do meia
catalão Cesc Fábregas e a introdução do atacante chileno Alexis
Sánchez, com sua zaga frequentemente machucada, com muitas
limitações neste setor, mas, ainda assim, este time chegou às
semifinais da Liga dos Campeões da Europa, levou Messi a bater o
recorde de La Liga, com 50 gols, mas ficando atrás e perdendo em
casa para o arquirrival, o Real Madrid, que também morreu nas
semifinais diante de um resistente Bayern.
Se os clubes comandados por José Mourinho e Pep Guardiola passassem, poderiam ter disputado entre si a final em um inédito El Clasico na final da Liga dos Campeões. Para compensar, o time de Madri levantou a taça espanhola alcançando o recorde de 100 pontos, com mais uma ótima campanha do goleiro espanhol Iker Casillas e com um tridente ofensivo imbatível, com o português Cristiano Ronaldo, o francês Karim Benzema e argentino Gonzalo Higuaín tendo feito 82 gols na temporada, com o meia alemão Mesut Özil alternando com o brasileiro Kaká e o argentino Di María no meio campo.
Se os clubes comandados por José Mourinho e Pep Guardiola passassem, poderiam ter disputado entre si a final em um inédito El Clasico na final da Liga dos Campeões. Para compensar, o time de Madri levantou a taça espanhola alcançando o recorde de 100 pontos, com mais uma ótima campanha do goleiro espanhol Iker Casillas e com um tridente ofensivo imbatível, com o português Cristiano Ronaldo, o francês Karim Benzema e argentino Gonzalo Higuaín tendo feito 82 gols na temporada, com o meia alemão Mesut Özil alternando com o brasileiro Kaká e o argentino Di María no meio campo.
Na
Itália, a Juventus, invicta, volta a ser protagonista e retorna à
Liga dos Campeões, na qual participou mais de vinte vezes. Trata-se
de um time forte, complicado, cascudo, encardido, mas com muita
qualidade, com Vucinic, Pirlo, Matri, Alessandro Del Piero e o goleiro De
Sanctis em destaque. Empata muito e tem o hábito de ganhar com um
gol de diferença. Virada é goleada. Essa é a Velha Senhora se
reerguendo. Inclusive, disputou o jogo final pela Copa Itália contra
o Napoli, do eslovaco Hamsik, do atacante uruguaio Cavani e do
atacante argentino Lavezzi, que, ao menos, levantaram esta taça
neste ano e salvaram a lavoura, além de quebraram a série invicta
da Juve. Pela Liga dos Campeões da Europa, o time da cidade de
Nápoles foi eliminado pelo atual campeão, Chelsea. Com um elenco
envelhecido, o Milan, apesar da artilharia do sueco Zlatan
Ibrahimović,
morreu nas quartas de final da Liga dos Campeões diante de um
Barcelona envolvente, mas enfrentou com muita dignidade. No
campeonato italiano, disputou até o final, mas não foi capaz de se
recuperar dos tropeços, igualmente à Internazionale de Milão que,
ao final da competição, ressuscitou parte de seu futebol, mas
também precisa de renovação em seu elenco. A Udinese mais uma vez
encostou entre os primeiros colocados.
Na
Alemanha, deu, mais uma vez, Borússia Dortmund, com mais uma
brilhante atuação do meia japonês Kagawa, de saída para o
Manchester United, o jovem atacante Mario Götze e o atacante
paraguaio Lucas Barrios. Campanha impecável e irretocável na
Bundesliga, enquanto o Bayern, vacilante, ficou com o vice-campeonato. Schalke de Gelsenkirchen e Borussia Mönchengladbach fizeram
boas campanhas e revelaram mais jogadores, como o excelente atacante
alemão Marco Reus, do Mönchengladbach.
Na
Inglaterra, o “novo rico” Manchester City sofreu muito ao ver por
duas vezes sua campanha, que dependeria somente de si mesmo, já que
estava na liderança, ir para as mãos do maior rival durante a
Premiere League, mas, após 44 anos, o meia marfinense Yaya Touré, o
atacante argentino Kun Agüero, o atacante italiano Mario Ballotelli,
o meia espanhol David Silva, o meia francês Samir Nasri, comandados
por Roberto Mancini, dão o título ao Manchester City, tirando
finalmente o título do rival Manchester United que, ano sim ano não,
levanta a taça, em um jogo desesperador contra o Queen's Park
Rangers na última rodada, quando sofreu dois gols e precisou fazer
uma heróica virada no último lance, dos pés de Balotelli para
Agüero, que sofreu falta mas insistiu e conseguiu o inacreditável,
inenarrável, fantástico e decisivo gol.
A
final: F.C. Bayern München vs Chelsea F.C.
O
jogo foi muito estudado, como um xadrez, com ambos times anulando as
principais jogadas. Robben não decidiu. Mario Gómez, sempre muito
marcado, não se libertou e teve poucas chances. Müller, que não
vinha bem no jogo, fez um “segundo Mário Gómez” e conseguiu
cabecear ao chão em frente de Cech, que não conseguiu a defesa.
O
marfinês Didier Drogba, que parece mesmo ter nascido para decisões,
em mais uma partida histórica fez o gol do empate aos 88 minutos,
no alto, numa bola de escanteio, quando a partida já estava
encaminhada em teoria e a torcida do Bayern comemorava. Depois deste
gol, Drogba comete um pênalti infantil no atacante francês Frank
Ribéry, e o tcheco Peter Cech, mitológico, acerta o lado, defende o
pênalti do atacante holandês Arjen Robben e coloca o Chelsea.
Recorreu,
jogando fora, a um futebol defensivo e cauteloso. Armou o ferrolho.
Contra o Barça, deu certo. Naquele jogo contou com muita sorte,
marcação, nervosismo e a categoria de Ramires e o inesquecível gol
de Fernando Torres, no Camp Nou.
Pênaltis
Lahm
fez. Mata, não. Gómez fez e David Luiz foi categórico. Neuer e
Cole fizeram com tanta perfeição que, enquanto a bola não
encontrava as redes, a impressão era de que ambos errariam. Emoção
total a cada décimo de segundo. Eis que, Schweinsteiger, que se
recuperou há poucos meses de uma grave lesão no joelho e esteve
muito bem por todo esse jogo, manda na trave, com paradinha antes,
tentando tirar do Cech. A torcida do Bayern desaba. Então, Drogba
portando a incontingência do gol, mandou forte no canto, canto
oposto do escolhido por Manuel Neuer. Decisivo, afinal, foi sua vida
e sua razão de viver em jogo.
Ramires,
que não pôde jogar a final pelo Chelsea, por estar suspenso,
cobriu-se com a bandeira do Brasil já pensando em quando seu filho
poderá assistir seu mágico gol e entender o que representou aquela
virada, com um a menos, sobre o Barça, no Camp Nou, na vitória da
semifinal que habilitou o Chelsea a disputar a taça com o Bayern.
O meia brasileiro confessou, em entrevista aos repórteres da ESPN Brasil, que assiste todos os dias seu gol encobrindo categoricamente o goleiro catalão Victor Valdés.
O meia brasileiro confessou, em entrevista aos repórteres da ESPN Brasil, que assiste todos os dias seu gol encobrindo categoricamente o goleiro catalão Victor Valdés.
Achei bem legal, Brasil! Uma crítica construtiva não só pra você mas a todos da imprensa, porque poucos foram os que eu vi comentando sobre o assunto: Drogba deu um show de nobreza e se mostrou um excelente vencedor abraçando e consolando Robben e Schweinsteiger depois da decisão...
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