Lucas Morais
No
último domingo, o Galo entrou no estádio Independência, em Belo Horizonte, com público de 14.740 e desfalcado dos
atacantes Guilherme e Neto Berola, o lateral-direito Carlos César e
os volantes Leandro Donizete, Fillipe Soutto e Serginho. O
Corinthians, por sua vez, desfalcado dos atacantes Emerson e Jorge
Henrique e o meia Paulinho. Apesar
dos desfalques em ambos os times, foi um bom jogo, com emoções mais intensas ao fim. Movimentações rápidas, muita marcação e chances de gols para os dois lados desde os primeiros minutos.
ATLÉTICO-MG: Giovanni; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Richarlyson (Leonardo Silva); Pierre, Dudu Cearense (Escudero), Bernard, e Mancini (Júnior César); Danilinho e André
Técnico: Cuca
CORINTHIANS:
Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos;
Willian Arão (Douglas), Ralf, Danilo e Alex; Willian (Liedson) e
Elton (Gilsinho)
Técnico: Tite
Técnico: Tite
Com
os goleiros Cássio e Giovanni defendendo bem, o jogo foi
predominantemente no meio-campo, com o Atlético indo para cima no
primeiro tempo, mas também tomando contra-ataques que poderiam
claramente ter colocado o Corinthians à frente. A falta de
criatividade do ataque atleticano facilitou o trabalho do bem armado
sistema defensivo corintiano, especialmente quando o lateral-direito Marcos
Rocha, em falta sobre o atacante Willian, recebeu amarelo,
facilitando as jogadas ofensivas do Corinthians pela sua
lateral-esquerda. Dali, o Timão teve suas três melhores chances, perdidas
por Elton e Willian.
Pelo
Galo, o volante Dudu Cearense voltou ao time titular e mostrou que ainda está
fora de forma, mas poderá ajudar na longa trajetória do
Brasileirão. André, movido por seu infantilismo, chutou uma bola quando
havia sido falta para o Corinthians, provocando uma expulsão
estúpida por parte do juiz, que havia, com igual estupidez,
expulsado Fábio Santos por jogar a bola no adversário após a
marcação de uma falta, justamente em André. Com a expulsão de
André ficou nítido que, além da contratação da incógnita que
atende por Jô, mais um atacante cabe nesse elenco, até para
pressionar o André. O meia argentino Escudero jogou bem e dá
mostras de ser um jogador que tem velocidade, consegue dar qualidade
de passes e, também, assistências.
Num
contra-ataque, Réver, que carregou, como regularmente faz, a bola
desde a zaga até o campo adversário, lançou-a na cabeça do
baixinho Danilinho, que cobriu magicamente o gigante Cássio, de
cerca de 1,90m, que já estava centenas de horas sem levar gols. Mas,
apesar do gol, Danilinho anda apagado em campo e precisa se empenhar
muito para honrar a camisa alvinegra, como muitos de seus companheiros
já fizeram. Atualmente atuando no meio-campo, Mancini mostrou
afobação e teve comportamentos, mais uma vez, imaturos e ainda
perdeu um gol feito logo no início do jogo. O lateral-direito Marcos
Rocha, apesar do cartão sofrido, fez um bom jogo, acertando seus
passes, ajudando nos desarmes e virando bem o jogo. Richarlyson e
Pierre, assim como Rafael Marques e Réver, mostraram entrosamento e
começam a passar segurança para a torcida, enquanto o recém-contratado
Júnior César, que foi para o jogo, entrou muito bem.
Bernard ainda irá amadurecer mais e precisa aprimorar a
finalização.
Um dos maiores erros do Atlético, sem dúvida, foi o afobamento e/ou apavoramento no momento das conclusões de jogadas de ataque, o qual mostra ainda certa falta de confiança para matar o jogo. Também está nítido a necessidade de, além de Guilherme, lesionado, um camisa 10 responsável pela criação e organização do ataque.
São nove meses invicto como mandante, sendo que a maior parte desta série se deu em Sete Lagoas, na Arena do Jacaré. A torcida ainda não voltou a abraçar completamente o time, mas aquela que tem ido a campo está cumprindo seu papel. Dentre esses torcedores, lá estava o atacante Diego Tardelli, autor de marcas incríveis no Atlético em 2009 e 2010 e que está jogando no Catar, mas é atualmente sócio-torcedor do Galo. Todos tem visto um Galo em franca recuperação de sua grandeza, apesar de todos os equívocos das diretorias anteriores e da atual. Vale lembrar, desde 1993 não se mantém um técnico por mais de um ano. Cuca completará um ano no comando alvinegro em agosto, caso até lá não aconteça os imprevistos que vem ocorrendo nos últimos anos na Cidade do Galo.
São nove meses invicto como mandante, sendo que a maior parte desta série se deu em Sete Lagoas, na Arena do Jacaré. A torcida ainda não voltou a abraçar completamente o time, mas aquela que tem ido a campo está cumprindo seu papel. Dentre esses torcedores, lá estava o atacante Diego Tardelli, autor de marcas incríveis no Atlético em 2009 e 2010 e que está jogando no Catar, mas é atualmente sócio-torcedor do Galo. Todos tem visto um Galo em franca recuperação de sua grandeza, apesar de todos os equívocos das diretorias anteriores e da atual. Vale lembrar, desde 1993 não se mantém um técnico por mais de um ano. Cuca completará um ano no comando alvinegro em agosto, caso até lá não aconteça os imprevistos que vem ocorrendo nos últimos anos na Cidade do Galo.
Vale
lembrar, o Galo, neste ano, só perdeu para o Goiás, em Goiânia,
por 2 a 0, pela Copa do Brasil. Do returno do Brasileirão 2011 para cá, além dessa
derrota para o Goiás, a última derrota havia sido o 6 a 1 para o Cruzeiro na última
rodada do Brasileirão. Claro que ainda estamos apenas no início do
Campeonato, que é a única competição que o Atlético precisa se
preocupar, o que também é bom. Mas, acrescente a isso o fato de que
o Galo, na tabela do returno do Brasileirão deste ano, irá fazer a maior
parte dos jogos cascudos, encardidos e de matar cardíacos em casa,
inclusive o clássico contra o Cruzeiro. Se as contratações
corretas forem feitas e o grupo se fechar em torno da disputa do
título, o time terá todo o apoio da torcida, que irá lotar até os
pontos cegos do Independência. O clube tem estrutura e profissionais à altura dos desafios, mas precisará de sabedoria. Sabedoria que um certo Cuca tem, afinal, não foi campeão brasileiro ainda, mas sim vice-campeão, pelo outro lado da Lagoa da Pampulha.
Hoje
o Atlético está compondo um elenco que, se comandado por Cuca como
está indo, pode almejar a disputa do título brasileiro e, de
quebra, retornar à Libertadores. O retorno a Belo Horizonte tem
feito muito bem ao time e, caso as vitórias venham e o time
(re)conquiste a confiança da torcida, o Galo poderá crescer muito,
inesperadamente. Por fim, torço para que os jogadores e a comissão
técnica entendam que o time terá que jogar muito mais futebol do que vem jogando para
almejar conquistas nacionais e internacionais.
Caro Lucas, concordo completamente com sua análise do jogo, da atuação do time e dos jogadores. Eu acho que fica claro que falta o camisa 10, prefiro até para jogar COM o Guilherme e não para disputar a posição com ele. O público foi decepcinonante, mas deve ser por conta de desorganização, importante é que o público presente foi suficiente para tornar o Independência já quase o "caldeirão" que queremos. Mais animador que estamos há 9 meses sem perder em casa e só há dois jogos como mandantes no Independência, depois do tempão na Arena do Jacaré. O time se comportou bem, mas achei que houve um misto de afobação e medo na hora de concluir algumas jogadas de ataque, especialmente na hora de dominar e chutar pra gol, mas no geral o saldo foi positivo e hoje em dia não é pra qualquer um jogar de igual para igual com o Corinthians - e vencemos. Espero que o time mantenha a pegada e venha o camisa 10.
ResponderExcluirVictor Coelho