Lucas Morais
A camisa do Atlético vale hoje menos que este horroroso uniforme verde e amarelo do Goiás. Parabéns ao Goiás, aliás. Com os veteranos Iarley, atacante, e Harlei, goleiro, e um time de jogadores jovens, o time goiano conseguiu impor 2 a 0, em casa, pela Copa do Brasil, dando apenas uma única chance de gol do lado alvinegro. Já no jogo de volta, no Independência, em Belo Horizonte, a equipe goiana soube aproveitar os contra-ataques, quase matando o jogo já nos primeiros minutos de jogo, apesar dos dois gols atleticanos que viriam a seguir. Portanto, mérito total para o Goiás.
O Galo está semelhante ao Fluminense dos anos de 1990. Caso não ocorram mudanças internas radicais, o time poderá sofrer novo rebaixamento logo, logo. Olhando-se os nomes do elenco, é um bom elenco. Nada mais que isso, “bom”. Entretanto, tem “treta” aí no meio. Problemas internos tomam conta, mesmo com a aparência de um ambiente de trabalho tranquilo. Tranquilidade? Não. Jogadores se xingando em campo, o time vem jogando somente um tempo com mais regularidade (regularidade esta que soma, no máximo, 25 minutos, mesmo no Campeonato Mineiro), enquanto sacrifica outro tempo para o toque de bola covarde, isto é, nada contra manter a posse de bola, mas quando essa posse passa a representar a ausência de opções e ousadia no ataque, essa posse de bola passa a ser sintoma de um time comodista, conformado, que se apequena até diante dos pequenos, já que não busca o resultado, os gols, e, quando busca, com base na pressão da torcida, sempre depende de Neto “Resolve” Berola (ou outro “milagre”), que tem sérios problemas físicos que o impedem de jogar por mais de 25 minutos. Há graves problemas de bastidores, de vestiário. Disto a imprensa esportiva, mineira e nacional, sequer trata ou apura.
Como um time que possui “o melhor centro de treinamento do Brasil”, possui o maior patrocinador do futebol nacional (Banco BMG) e saldo para contratação de, pelo menos, três jogadores muito bons, tem e terá como arena tanto os novos Independência e o Mineirão, com um bom treinador como o Cuca e um bom preparador físico como Carlinhos Neves (Seleção Brasileira), com um elenco, no mínimo, razoável, pode, com todo respeito a estes clubes, conseguir ser freguês de times como o Goiás e o Botafogo? Com jogadores perdendo corridas para o veterano Iarley? Ora, basta assistir a qualquer, digo, qualquer jogo de times como o Internacional, Fluminense, Corinthians, Santos, São Paulo, Botafogo, Vasco, Bahia, Coritiba, entre outros, para ver, por contraste, que há graves problemas no vestiários atleticano. Qualquer veterano do Vasco possui mais pique que meio time do Atlético. Que tal? Será problema somente de elenco? Será que o sistema de treinos está correto? Será que a preparação física está dando certo? Como times como o Fluminense, que nem possui um centro de treinamento com qualidade da Cidade do Galo, possui jogadores em muitíssimo maior rendimento que o Atlético?
Galo é Galo?
Afora o ufanismo propagado pela rádio Itatiaia e os comentaristas atleticanos, o clima interno do Atlético mais se assemelha ao decadente Flamengo. “Galo é Galo”? Galo foi Galo, “forte e vingador”, até meados da década de 1980. De lá para cá, o Galo tem sido cada vez menos Galo. Portanto, que história é essa, que ufanismo irracional é esse de “Galo é Galo”? O time Galo está menor que o América. Só não está efetivamente menor em função de torcida e recursos financeiros, pois, de resto, não há dúvidas que é o time alviverde belo-horizontino que merece, dentre todos os demais times mineiros, o título de campeão mineiro em seu centenário. Torço mesmo para que o Galo perca desta vez.
Não há o que comemorar caso o time alvinegro seja campeão. Desde 1971, só comemorou-se duas Sul-Americanas, na época, Conmebol, que disputavam os terceiros e quartos colocados das ligas nacionais sul-americanas. Afora isto, não há o que comemorar, apesar de todo e qualquer atleticano saber que é um time que tem e teve tudo para ser um gigante, mas foi sempre administrado de modo arcaico e equivocado. Os títulos de Campeão Mineiro só tem servido para abafar os problemas e refugiar a suposta “grandeza” do clube em um título totalmente inexpressivo. Afinal, em que ajudou o título mineiro ao quase rebaixado Cruzeiro de 2011?
O Galo está na água, a tendência é só descer. Bahia, Figueirense e Ponte Preta estão com times melhores que o Atlético. No Brasileirão, a disputa contra o rebaixamento deverá incluir o Atlético, Portuguesa, Náutico, Sport, Atlético Goianiense e, talvez, Cruzeiro, dado que o time celeste não é fraco, apesar de estar mal-entrosado, haver também problemas de vestiário, financeiro, contratações etc. Muda-se o treinador, contrata-se para as posições corretas e o Cruzeiro volta a se manter na zona intermediária, podendo melhorar rapidamente.
Todo atleticano sabe das carências, limitações e erros do time. A diretoria, por sua vez, ao invés de buscar soluções mais radicais, como o afastamento de determinados jogadores, a contratação certeira para as posições mais carentes (cadê o “olheiro” Eduardo Maluf?), o tratamento para conciliação das crises no vestiário, continua perpetuando sua fórmula de “dessa vez vai”, mascarando as limitações com uma invicta, mas pífia, campanha no Campeonato Mineiro, em que somente América, Cruzeiro e Atlético disputam de fato, com o Tupi comendo pelas beiradas em função do bom time que possui para disputar a Série C do Brasileirão.
Ontem o Independência não esteve lotado. Fosse em outros tempos, até mesmo as ruas ao redor do estádio estariam tomadas pela torcida. Desde o 6 a 1 sofrido contra o Cruzeiro na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011, que contou com muitas ações suspeitas nos bastidores, inação técnica e de direção, o clube vem se apequenando inexoravelmente. A amarga estreia no Independência reforçou esse rumo. Daqui em diante, é só ladeira. E, “daqui”, entenda-se década de 1980.
Um time completamente aburguesado, com seus jogadores ganhando salários acima de 150 mil reais por mês para apresentar um trabalho ridiculamente fraco, displicente e apático, cujo valor real é igual a times da Série B, enquanto esses jogadores estão nitidamente pouco se importando para o coração dos torcedores e para a urgente necessidade de batalhar, com sangue nos olhos, pela conquista de expressivos títulos nacionais e internacionais, que (re)coloquem o time na esteira dos verdadeiros grandes clubes nacionais e internacionais, como historicamente foi o Galo.
Ora, que modernidade é essa, Alexandre Kalil? Como se contrata jogadores para o Atlético? Por quê? Para quê? Como se dá a preparação física desses jogadores? Como que um time que gasta tanto dinheiro em contratações, salários, centro de treinamento, treinador etc, cai sempre para o Goiás na Copa do Brasil, para o Botafogo na Copa Sul-Americana, para quase todos os grandes no Brasileirão, para o Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro, e daí em diante? Será que o treinador Cuca emburreceu ou está lidando com problemas muito maiores que sua capacidade de gerenciamento de crises?
Espero, mesmo, que o América seja o campeão do Campeonato Mineiro deste ano, não só em honra ao seu centenário, mas porque, dentre os times mineiros, é o único que possui hoje dignidade e mérito para tal título. Apesar de sua torcida não ser mais aquela de antes dos anos de 1950, seu time hoje é um grande, com todas as limitações que há. Mescla-se, corretamente, a juventude de seus jogadores oriundos da base com a experiência de veteranos como o atacante Fábio Jr. e o goleiro Neneca. O time tem sangue, coração e sabe de suas limitações. Os jogos contra o Cruzeiro na semifinal do Estadual mostraram isto.
Enquanto isso, temos que escutar que “Galo é Galo”, do mesmo modo que flamenguistas usam o “Mengão é Mengão” para abafar todas as crises, adversidades e péssimos resultados.
E agora, Kalil? Que tal parar de se comportar como um moleque de voz grossa, falar menos, fazer muito mais e efetivamente modernizar o futebol do Atlético? Será que este presidente assiste a Copa Libertadores? Será que ele tem acompanhado o futebol dos grandes clubes brasileiros? Ou será que continuará acreditando que dirige um Real Madrid enquanto em campo o time mostra ser algo muitíssimo inferior ao seu segundo rival belo-horizontino?
Ah, e não nos enganemos. A culpa não é só da diretoria. É da torcida também, que não é santa e muitas vezes acaba atuando contra o próprio time, já que se faz permanentemente iludida, acomodada, conformista e passiva, do jeito que todo e qualquer o adversário ou rival gosta. E, assim, de ano em ano, o Galo vai se tornando um pinto inofensivo.
A camisa do Atlético vale hoje menos que este horroroso uniforme verde e amarelo do Goiás. Parabéns ao Goiás, aliás. Com os veteranos Iarley, atacante, e Harlei, goleiro, e um time de jogadores jovens, o time goiano conseguiu impor 2 a 0, em casa, pela Copa do Brasil, dando apenas uma única chance de gol do lado alvinegro. Já no jogo de volta, no Independência, em Belo Horizonte, a equipe goiana soube aproveitar os contra-ataques, quase matando o jogo já nos primeiros minutos de jogo, apesar dos dois gols atleticanos que viriam a seguir. Portanto, mérito total para o Goiás.
O Galo está semelhante ao Fluminense dos anos de 1990. Caso não ocorram mudanças internas radicais, o time poderá sofrer novo rebaixamento logo, logo. Olhando-se os nomes do elenco, é um bom elenco. Nada mais que isso, “bom”. Entretanto, tem “treta” aí no meio. Problemas internos tomam conta, mesmo com a aparência de um ambiente de trabalho tranquilo. Tranquilidade? Não. Jogadores se xingando em campo, o time vem jogando somente um tempo com mais regularidade (regularidade esta que soma, no máximo, 25 minutos, mesmo no Campeonato Mineiro), enquanto sacrifica outro tempo para o toque de bola covarde, isto é, nada contra manter a posse de bola, mas quando essa posse passa a representar a ausência de opções e ousadia no ataque, essa posse de bola passa a ser sintoma de um time comodista, conformado, que se apequena até diante dos pequenos, já que não busca o resultado, os gols, e, quando busca, com base na pressão da torcida, sempre depende de Neto “Resolve” Berola (ou outro “milagre”), que tem sérios problemas físicos que o impedem de jogar por mais de 25 minutos. Há graves problemas de bastidores, de vestiário. Disto a imprensa esportiva, mineira e nacional, sequer trata ou apura.
Como um time que possui “o melhor centro de treinamento do Brasil”, possui o maior patrocinador do futebol nacional (Banco BMG) e saldo para contratação de, pelo menos, três jogadores muito bons, tem e terá como arena tanto os novos Independência e o Mineirão, com um bom treinador como o Cuca e um bom preparador físico como Carlinhos Neves (Seleção Brasileira), com um elenco, no mínimo, razoável, pode, com todo respeito a estes clubes, conseguir ser freguês de times como o Goiás e o Botafogo? Com jogadores perdendo corridas para o veterano Iarley? Ora, basta assistir a qualquer, digo, qualquer jogo de times como o Internacional, Fluminense, Corinthians, Santos, São Paulo, Botafogo, Vasco, Bahia, Coritiba, entre outros, para ver, por contraste, que há graves problemas no vestiários atleticano. Qualquer veterano do Vasco possui mais pique que meio time do Atlético. Que tal? Será problema somente de elenco? Será que o sistema de treinos está correto? Será que a preparação física está dando certo? Como times como o Fluminense, que nem possui um centro de treinamento com qualidade da Cidade do Galo, possui jogadores em muitíssimo maior rendimento que o Atlético?
Galo é Galo?
Afora o ufanismo propagado pela rádio Itatiaia e os comentaristas atleticanos, o clima interno do Atlético mais se assemelha ao decadente Flamengo. “Galo é Galo”? Galo foi Galo, “forte e vingador”, até meados da década de 1980. De lá para cá, o Galo tem sido cada vez menos Galo. Portanto, que história é essa, que ufanismo irracional é esse de “Galo é Galo”? O time Galo está menor que o América. Só não está efetivamente menor em função de torcida e recursos financeiros, pois, de resto, não há dúvidas que é o time alviverde belo-horizontino que merece, dentre todos os demais times mineiros, o título de campeão mineiro em seu centenário. Torço mesmo para que o Galo perca desta vez.
Não há o que comemorar caso o time alvinegro seja campeão. Desde 1971, só comemorou-se duas Sul-Americanas, na época, Conmebol, que disputavam os terceiros e quartos colocados das ligas nacionais sul-americanas. Afora isto, não há o que comemorar, apesar de todo e qualquer atleticano saber que é um time que tem e teve tudo para ser um gigante, mas foi sempre administrado de modo arcaico e equivocado. Os títulos de Campeão Mineiro só tem servido para abafar os problemas e refugiar a suposta “grandeza” do clube em um título totalmente inexpressivo. Afinal, em que ajudou o título mineiro ao quase rebaixado Cruzeiro de 2011?
O Galo está na água, a tendência é só descer. Bahia, Figueirense e Ponte Preta estão com times melhores que o Atlético. No Brasileirão, a disputa contra o rebaixamento deverá incluir o Atlético, Portuguesa, Náutico, Sport, Atlético Goianiense e, talvez, Cruzeiro, dado que o time celeste não é fraco, apesar de estar mal-entrosado, haver também problemas de vestiário, financeiro, contratações etc. Muda-se o treinador, contrata-se para as posições corretas e o Cruzeiro volta a se manter na zona intermediária, podendo melhorar rapidamente.
Todo atleticano sabe das carências, limitações e erros do time. A diretoria, por sua vez, ao invés de buscar soluções mais radicais, como o afastamento de determinados jogadores, a contratação certeira para as posições mais carentes (cadê o “olheiro” Eduardo Maluf?), o tratamento para conciliação das crises no vestiário, continua perpetuando sua fórmula de “dessa vez vai”, mascarando as limitações com uma invicta, mas pífia, campanha no Campeonato Mineiro, em que somente América, Cruzeiro e Atlético disputam de fato, com o Tupi comendo pelas beiradas em função do bom time que possui para disputar a Série C do Brasileirão.
Ontem o Independência não esteve lotado. Fosse em outros tempos, até mesmo as ruas ao redor do estádio estariam tomadas pela torcida. Desde o 6 a 1 sofrido contra o Cruzeiro na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011, que contou com muitas ações suspeitas nos bastidores, inação técnica e de direção, o clube vem se apequenando inexoravelmente. A amarga estreia no Independência reforçou esse rumo. Daqui em diante, é só ladeira. E, “daqui”, entenda-se década de 1980.
Um time completamente aburguesado, com seus jogadores ganhando salários acima de 150 mil reais por mês para apresentar um trabalho ridiculamente fraco, displicente e apático, cujo valor real é igual a times da Série B, enquanto esses jogadores estão nitidamente pouco se importando para o coração dos torcedores e para a urgente necessidade de batalhar, com sangue nos olhos, pela conquista de expressivos títulos nacionais e internacionais, que (re)coloquem o time na esteira dos verdadeiros grandes clubes nacionais e internacionais, como historicamente foi o Galo.
Ora, que modernidade é essa, Alexandre Kalil? Como se contrata jogadores para o Atlético? Por quê? Para quê? Como se dá a preparação física desses jogadores? Como que um time que gasta tanto dinheiro em contratações, salários, centro de treinamento, treinador etc, cai sempre para o Goiás na Copa do Brasil, para o Botafogo na Copa Sul-Americana, para quase todos os grandes no Brasileirão, para o Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro, e daí em diante? Será que o treinador Cuca emburreceu ou está lidando com problemas muito maiores que sua capacidade de gerenciamento de crises?
Espero, mesmo, que o América seja o campeão do Campeonato Mineiro deste ano, não só em honra ao seu centenário, mas porque, dentre os times mineiros, é o único que possui hoje dignidade e mérito para tal título. Apesar de sua torcida não ser mais aquela de antes dos anos de 1950, seu time hoje é um grande, com todas as limitações que há. Mescla-se, corretamente, a juventude de seus jogadores oriundos da base com a experiência de veteranos como o atacante Fábio Jr. e o goleiro Neneca. O time tem sangue, coração e sabe de suas limitações. Os jogos contra o Cruzeiro na semifinal do Estadual mostraram isto.
Enquanto isso, temos que escutar que “Galo é Galo”, do mesmo modo que flamenguistas usam o “Mengão é Mengão” para abafar todas as crises, adversidades e péssimos resultados.
E agora, Kalil? Que tal parar de se comportar como um moleque de voz grossa, falar menos, fazer muito mais e efetivamente modernizar o futebol do Atlético? Será que este presidente assiste a Copa Libertadores? Será que ele tem acompanhado o futebol dos grandes clubes brasileiros? Ou será que continuará acreditando que dirige um Real Madrid enquanto em campo o time mostra ser algo muitíssimo inferior ao seu segundo rival belo-horizontino?
Ah, e não nos enganemos. A culpa não é só da diretoria. É da torcida também, que não é santa e muitas vezes acaba atuando contra o próprio time, já que se faz permanentemente iludida, acomodada, conformista e passiva, do jeito que todo e qualquer o adversário ou rival gosta. E, assim, de ano em ano, o Galo vai se tornando um pinto inofensivo.
Perfeito! Principalmente o último parágrafo. Não é de hoje que eu aponto essa ilusão doentia da torcida do Galo como um de seus fatores problemáticos. Condiciona o jogador a vir aqui e não fazer nada, ser bem pago e deixar o time para outros clubes.
ResponderExcluirDiego Souza veio ao Galo, não fez nada, saiu e ganhou dois títulos e faz golaços. O problema não está apenas em campo e a torcida tem que parar de apoiar qualquer merda. Tem que se dar valor e fazer que o time a respeite.
Há anos eu chamo o Galo de SPA, pois só serve para jogador vir recuperar, ganhar visibilidade e pular fora e jogar direito.
Esse modelo burro do futebol do Atlético já deu. Ontem foi bom ver o Marcos Rocha jogando como jogou, mas, no segundo tempo, o time voltou a se curvar ante a comodidade do resultado. Deixou de atacar e começou a ser atacado. Errou 8 em cada 10 passes. Deu três chances claras de gol ao Goiás.
Inevitavelmente o gol saiu.
É complicado, cara. Acho que os problemas do Galo ficam ainda mais evidentes quando se compara com as conquistas do Cruzeiro nos últimos 20 anos, por exemplo. Aqui no Paraná, o Coxa também não ganhou mais nada significativo desde o Brasileiro de 85, mas nós ainda temos um bode expiatório, que foi aquele rebaixamento na canetada em 89, que judiou das nossas finanças e sucateou o clube por uma década (tanto é que depois do Paranaens de 89, só ganhamos o de 99).
ResponderExcluirE mesmo assim, depois de 85, nós fizemos apenas duas campanhas realmente memoráveis no Brasileiro (98 que ficamos em terceiro na primeira fase, mas fomos eliminados nas quartas pela Portuguesa e em 2003, quando terminamos em quinto e fomos pra Libertadores). Ano passado nós fomos longe, mas aquele vice-campeonato da Copa do Brasil desanimou o time e no Brasileiros nós perdemos muitos pontos bestas que fizeram muita falta.
Enfim, acho que, infelizmente, a tendência é as diferenças entre alguns estados se aprofundarem ainda mais. Acho que é um trabalho difícil o das diretorias de se profissionalizarem sem se tornarem elitistas e higienistas. Aqui no Coxa isso tem sido feito, apesar da proibição de material das organizadas (o que trouxe alguns fatos positivos, como mais faixas e bandeiras de apoio ao Coxa e não só de exaltação aos milhares de "comandos" que existiam dentro da Império).
Enfim, o Galo é um time querido e eu espero que supere logo essa fase sinistra.
Abração, Lucas!
Parabéns, belíssimo texto. Acho que faltou falar do tal sócio-torcedor, que de sócio não tem nada. É só um cartão de crédito com anuidade de 2.400,00 Reais. Sim, isso mesmo. Não me estranha que, no lançamento, o Kalil tenha deixado o lançamento a cargo da Adriana Branco, ex-banqueira e agora dirigente de futebol (???). Falta um pouco de democracia, eu acho, e o sócio se fosse sócio mesmo poderia ser o início da transformação dessa instituição centenária se pudesse votar e ser votado, ter acesso a planilhas financeiras, fiscalizar, participar da vida do clube, etc. Aliás, o Cruzeiro está indo pelo mesmo caminho. Pelo menos isso o Galo tá fazendo bem. Abraços,
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