segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Campinho da Aldeia Velha - A sorte, essa linda!

Por Victor Freire


Zé Teodoro não só nasceu com o oiti dele virado pra lua. Mais que isso. O homem é um leprechaun, um olho grego antropomórfico, a reencarnação do Buda Gautama em nossa era. Só isso explica o que aconteceu no último jogo.

Deixa eu falar logo dele, já que o assunto veio à baila tão cedo, e causou uma impressão tão forte. Digo isso por que vi o jogo (pela internet, se eu colocar tv por assinatura na minha casa eu não faço mais nada na minha vida), e posso falar. O time do Paysandu é seboso. Mas o Santa conseguiu ser pior.

A começar pela zaga, sincronizada com o tempo do jogo como uma dublagem de um filme de kung fu nível Z de Hong Kong nos anos 80. Depois do Santa ter tomado 3 a 1 é que eles lembraram que podiam fazer linha burra - e ainda assim, mais inteligente que os dois. Os volantes, bem, não marcavam e não sabiam sair com a bola, e talvez fossem mais úteis em um Gol 1000. Os meias não conseguiam marcar a saída de bola e tocar, também, nada. De uma displicência atroz, como se quisessem testar a paciência dos 24 mil torcedores que assistiram a peleja.

Deve ter sido por isso que Zé os tirou de campo e colocou 2 atacantes, pra tentar fazer um 4-2-4. Bom, nossos atacantes reservas não andam servindo de nada, a não ser tentar pedalar e perder a bola no lance seguinte.

Percebam, no entanto, que o time do Santa não é ruim, mas está faltando, na minha opinião e em primeiro lugar, concentração e comprometimento. O time anda disperso demais, mas provou no Pernambucano que, quando quer, joga. Concentração essa que, quando esteve presente durante o jogo, nos fez meter uma rajada de 2 gols em menos de 5 minutos, ambos do goleador Dênis Marques. Faltou quando este meteu uma bola na trave e quando Fabrício Ceará matou a bola com o braço antes de enfiar uma bicicleta na trave. Se tivéssemos jogado com um pouquinho de vontade a mais, o papão voltaria pra Belém com uns golzinhos na mala.

*     *     *

Ah, sim, teve o jogo contra o 12+1, no qual ganhamos de 2 a 1. Tenho pouco a falar, exceto que foi um dos poucos jogos onde o time demonstrou confiança. Mas um jogador chamou a atenção por seus comentários: o volante Memo. O gol do 14-1 surgiu por uma desatenção destes quando, palavras do próprio, estava ajeitando uma chuteira que havia estourado.

Eu fico particularmente puto quando vejo um jogador dar uma declaração desse tipo. Da mesma forma como fiquei puto quando o Brasil foi eliminado da Copa América e Robinho colocou a culpa no gramado. Ou quando jogadores disseram que a Jabulani (ainda que pese ser uma das bolas mais feias e sem graça que eu já vi) era incontrolável e impossível de servir a um jogo oficial.

Vamos aos fatos: em nenhum lugar do mundo nego começa jogando bola numa quadra ou gramado bonitinha e bem feitinha, padrão Fifa. Salvo aquele time da Tailândia que treinava numa plataforma flutuante, todo mundo teve a oportunidade de começar num campo de terra batida. Na Europa, na América do Norte. Nos países de Terceiro Mundo, onde nascem metade dos craques do planeta, então, o que teve de menino chutando pedra e continuando a dar bicudos com o tampo do dedo solto, sangrante, não está no gibi.

Este tipo de declaração esfarrapada pra justificar um desempenho especialmente ruim diz muito, também, sobre o que acontece com o futebol moderno. Está totalmente desconectado de suas origens. Torna-se cada vez mais um espetáculo para dar prazer (leia-se grana) aos investidores do que necessariamente uma competição esportiva que movimenta toda uma comunidade. Penso se a próxima geração acreditará que os jogos internacionais no século XIX, entre Escócia e País de Gales, por exemplo, foram jogados por equipes amadoras onde os futebolistas eram mineiros, trabalhadores da estrada de ferro e das companhias de gás, operários de estaleiros e de metalúrgicas. A plateia? Esta assistia a poucos metros da cal, sentados em morrinhos de grama em volta do campo.

Como era verde meu vale.*

*Ver o livro de Richard Llewellyn.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Campinho da Aldeia Velha - Voltou "daquele" jeito

Por Victor Freire

Paysandu x Luverdense
O imbroglio jurídico em que se transformou a série C do Campeonato Brasileiro de 2012 está longe de ter um fim, mas ao menos começou, com o Treze FC e o Rio Branco FC com asteriscos ao lado dos seus nomes. Após duas rodadas, vamos ao que interessa: de acordo com o artigo na Wikipedia, uma fonte mais fidedigna que o www.futebolinterior.com.br, temos o G4 do grupo 1 composto por Paysandu, Icasa, Salgueiro e Águia de Marabá, respectivamente com 6, 4, 4, e 4 pontos. O Santa está na 6ª colocação, com 2 pontos. Na rebarba, Fortaleza, que fez uma blitz mudança de técnico após o último jogo, e o galo da Borborema, que promete ser o bonus stage deste campeonato.

Tupi x Duque de Caxias
No grupo 2, os cariocas Macaé e Madureira estão no topo, com 6 pontos cada, seguidos pelo Chapecoense e pelo Santo André, ambos com 4 pontos. Em último, empatados, Oeste-SP e Tupi, sem nem um ponto. Deste grupo não sei muito, mas sei do primeiro: o Salgueiro vem surpreendendo e é um sério candidato ao ascenso, e o Paysandu parece ter recuperado o gosto pelo jogo. O Águia de Marabá começa a mostrar que vai ser aquele time pequeno chato de vencer, e o Santa, bem...

 *     *     *

O Santa merece um capítulo à parte. E ele é motivado, claro, por uma das personalidades que mais frequentemente aparecem por esta humilde coluna: Zé Teodoro. Zé fez duas partidas medíocres até então. Na primeira, um time apático e sonolento cedeu preciosos dois pontos ao empatar com o fraco Guarany de Sobral. Resultado aceitável segundo o coach coral, uma opinião da qual a torcida não partilha. Mas tudo bem, releve-se, foram férias forçadas por mais de um mês além do necessário. E vamos em frente.

Eu acompanhei pelo rádio (que remédio!) a segunda partida, em Salgueiro, cidade a cerca de 510 km do Recife, no sertão pernambucano. O que deu pra perceber foi que mais uma vez o time bateu cabeça e estava inseguro, como aconteceu, aliás, em muitas partidas do pernambucano. Se camisa pesa e afeta jogadores inexperientes, o goleiro, Diego Lima, parecia estar usando uma cota de malha feita com chumbo. Os zagueiros pareciam conversar entre si: um falando mongol e o outro, zulu arcaico (e quando falavam com os volantes, era em norueguês bokmal). Do meio pra frente, uma diarreia mental "crássica". O carcará abriu logo dois pra nego se orientar.

O jogo mudou no segundo tempo, mas não por mérito tático. Luciano Henrique e Dênis Marques tiveram, cada um, uma ideia digna de Arquimedes na clássica final do mundial de filosofia de 74 e fizeram 2 gols, empatando a partida. Não fosse a desorganização tática vista anteriormente, voltaríamos pro Recife comemorando e ainda no G4.

O que me deixa confiando um pouco mais no Santa é uma das principais qualidades de Zé Teodoro: a sorte. Zé nasceu com o fresado virado pra dona lua e ganhou 2 títulos estaduais e um acesso desse jeito. Bem, até o momento em que ela resolve abandoná-lo, como aconteceu no Fortaleza, alguns anos atrás. Espero que ela esteja longe, bem longe de voar para outras bandas. Mas seguro morreu de velho, por isso, abra do olho, seu Zé!

domingo, 8 de julho de 2012

Leiteria - Parece que foi ontem


Por Gilson Moura Henrique Junior

Não haveria um jogo no Domingo, já se sabia.

Não, não haveria um jogo. 

Haviam eles, com os mantos, os nomes do passado, a história desenhando a si mesma em dimensões múltiplas. Muito mais que uma linha, muito mais que um caminho, muito mais que um jogo.

Ali, naquele estádio, se construía um átimo de eternidade incapaz de ser descrito: Era um Fla x Flu.

Em cada camisa um nome que marcava a história, em cada cor uma marca de tempos e lições, de gols, de supremacias, de surpresas.

Cada ente, cada fibra do ser do Futebol, cada deus que investe em si o poder da magia do esporte, cada anjo que calçou as chuteiras imortais, cada linha de pensamento que criou a ideia que ginga pelas rosas dos ventos do tempo se esmerou em versejar aquele que é mais que um jogo, é a fundação da rivalidade.

E a tradição se fez presente com o esquadrão superior sendo dominado pelo inferior, com craques sendo lutadores e combatentes jogando como craques. Comandantes atentos criando estratégias que atingissem o rival com o máximo de força que o baqueassem, dívidas contraídas com a tradição marcando almas e chuteiras de craques consagrados: Era um Fla x Flu.

Como uma marca que é tatuada na pele dos títulos tricolores eis que surge o jogador decisivo. Eis que surge quem deveria aparecer e tirar dos ombros a cobrança por gols contra o rival: Um pela audácia de vestir a malfadada camisa, outro pelo azar de nunca ter ferido aquele que nos é antípoda.

Deco? Bruno? Nem? Não, Fred e Thiago Neves costuraram o gol que os marca na história para sempre, um gol centenário, um gol de redenção, um gol que novamente nos coloca à frente do Flamengo depois de mais de um ano sem vencê-los, um gol que nos anima na dura caminhada rumo ao Tetra, um gol decisivo.

Os destaques do jogo? Pelo Flu Deco, Nem, e Gum e pelo Fla Love, Diego Maurício e Adryan. Táticas? Não as vi. Técnicos? Abel por ter nos olhos a importância do Fla x Flu diante de um Joel prostrado pelo cansaço de suas "malasartianas" falas de "Papai Joel". Abel armou um time, Joel jogou dados.

Não se joga dados em um Fla x Flu, assim como Deus não os joga com o Universo.

E se passaram cem anos, mas parece que foi ontem.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Leiteria - A paz, a esperança e o vigor unido e forte pelo esporte


Por Gilson Moura Henrique Junior



Ontem eu vi a História. 

Sim, queridos, a História ali, materializada, desenhada com sangue, suor, lágrimas e o inexorável tempo que a tudo transforma.

Vi a  História desenhada em troféus, nomes, pessoas, heróis jovens e velhos que vivos ( presentes ) e mortos (divinizados) concretizaram uma viajem pelo tempo até meus nove, dez anos de idade e renovaram a fé em um futuro onde seremos novamente a História.

A inauguração da nova sala de troféus do Fluminense não foi simplesmente a constatação de uma trajetória de glórias feita por aquele que fundou o futebol no Rio de Janeiro e traz em seu nome a prova, foia  percepção de como atos simples podem construir uma base pra futuras transformações.

Não, não tenho na administração atual a administração perfeita, sei que há defeitos, mas é inegável que um ato de profundo respeito por nossa história e pelo semear de profissionalismo novamente no tricolor, diante de sequencias de administrações perdulárias, incompetentes e que chegaram a destruir um de nossos mais preciosos troféus é um sopro de esperança de que o Flu tome novamente seu lugar de liderança do esporte nacional.

A sala ficou linda, o conceito de museu é uma perfeita homenagem a nossos ídolos tanto de campo (poucos jogadores foram esquecidos de nosso enorme panteão) como de fora dele como Chico Buarque e Nelson Rodrigues (Com destaque que lhe é merecido).

Em uma semana que se inicia com três preciosos pontos conquistados diante do Náutico em Recife pela eficiência de nosso time em uma jornada técnica nada brilhante e às vésperas de um Fla x Flu que completa cem anos no dia 07/07/2012, a inauguração de nosso novo espaço de exibição de nossas conquistas é grata e simbólica efeméride.

O texto é ufanista e emocionado por ter sido escrito por quem voltou no tempo ao abraçar Romerito, herói de infância e se emocionou pelo fato de estar naquele templo.

Sobre o Fla x Flu falaremos posteriormente, no sábado.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Solucionática: O Galo canta que o céu é o limite


Lucas Morais

O Galo é um time com tradição em pontos corridos, como em 1971, quando tornou-se o primeiro campeão brasileiro, em 1977, quando foi vice-campeão invicto, em 1980 vice-campeão, em 1999, também vice-campeão. No início do Brasileiro de 2012, após a sétima rodada, o time volta a ocupar a primeira colocação, fato que não ocorria desde 2009, quando Roth tirou água de pedra de um elenco limitado e logrou 14 rodadas na liderança.

No Estádio Olímpico, em Porto Alegre, mais de 33 mil gremistas, e pouco mais de cem atleticanos, foram torcer para os seus times, enquanto a torcida tricolor xingava de todas as maneiras possíveis o ex-ídolo, Ronaldinho Gaúcho. Era também o reencontro do Galo com Luxemburgo, de Rafael Marques e Escudero com o ex-clube, a estreia de Marcelo Grohe, novo goleiro gremista, após a saída de Victor, comprado por três milhões de euros pelo Atlético. E era também o reencontro de Jô, ex-atacante do Inter, com as redes, após a jogada mágica do garoto Bernard (foto). A partida tinha também um valor simbólico alto, já que quem vencesse despontaria na luta pela liderança.

Título?

Há quem não veja o Galo como candidato ao título, receando que possa perder a força durante o campeonato, deixando a ponta e, em seguida, fazendo mais uma campanha mediana, talvez dessa vez distinta dos dois últimos anos, em que limitou-se a fugas heroicas contra o rebaixamento para a Série B. Há também quem pense que Cuca seja um treinador fraco, deprimente, e que não possui espírito de campeão: um cavalo paraguaio que poderá, no máximo, almejar a sexta ou sétima colocação. Porém, para o Atlético, em face das campanhas de 2004 para cá, uma campanha mediana marcaria o reinício das boas campanhas alvinegras, isto é, o saldo não seria ruim, exceto pela torcida, sempre ansiosa já pelo título.

Futebol em Belo Horizonte: o retorno do Independência

Para o futebol belorizontino, o ano de 2012 marca o retorno do futebol à capital mineira, com a inauguração do Novo Independência, no bairro Horto, zona leste, próxima ao Centro. Desde as primeiras rodadas até a sétima, os clubes mineiros estiveram na ponta da tabela, à exceção do Cruzeiro, que começou o campeonato com empates. Portanto, 2012 marca um reinício para esses clubes, que no ano passado se limitaram a fugir do rebaixamento, tendo o Cruzeiro escapado na última rodada, diante do arquirrival, por 6 a 1, enquanto o Coelho não sobreviveu diante do São Paulo no Morumbi e foi rebaixado.

No Independência, o formato-caldeirão prevalece e a torcida influencia mais nas quatro linhas do que em estádios como o Engenhão do Rio de Janeiro, onde a torcida fica longe do campo. O jogo ganha em emoção e, se a torcida apoiar, ao invés de cornetar irracionalmente, o time tem tudo para se unir, se superar e brigar.

A briga, a tática, a luta contra CBF, Globo, diretoria, tudo e todos

Pelos resultados recentes, o Galo aponta a tendência de que será um dos times que brigarão até o fim do campeonato pelo título, afinal, a contratação do goleiro Victor é justamente para eliminar uma carência histórica, datada desde a saída de Diego Alves em 2007. Entretanto, Diego não era considerado naquela época um grande goleiro, apesar de se destacar. O último grande goleiro do Atlético foi Taffarel, já que Velloso jogou com mais idade. Victor tende a somar muito com um elenco que já possui qualidade antes de sua chegada.

Há no torcedor atleticano um sentimento diferente em relação ao time. Os jogadores estão mais maduros, o time focado e capaz de resistir pressões psicológicas fortes, como nas vitórias contra o Palmeiras, Corinthians, Grêmio e, inclusive, a Ponte Preta, que perdeu graças a uma cabeçada sortuda do meia-atacante Damián Escudero. Detalhe: o Galo nunca havia ganhado da Macaca no Moisés Lucarelli.

Outro elemento a se destacar é que Cuca tem alterado em diversos momentos o esquema tático, mas com o time mantendo a pegada e o foco sem problemas. O time está bem compacto, veloz, marcando com eficiência e ciente de que pode almejar coisa grande nesse campeonato. Há que melhorar, para variar, as finalizações.

Caso a Alexandre Kalil não atrapalhe Cuca, deixando-o trabalhar em paz como vem sendo feito até aqui, esse time terá plenas condições de chegar, ao menos, na zona de classificação para a Libertadores. Fluminense, Vasco, Inter, Grêmio e São Paulo são, igualmente, candidatos plenos à classificação para a Libertadores e título.

Há sempre que lembrar que o Galo luta, também, contra a arbitragem. Dos jogos que vi, posso afirmar tranquilamente que os árbitros dos jogos contra o Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Grêmio foram para lá de caseiros, enquanto, contra o Náutico, a arbitragem puxou pelo mais fraco: pênalti inexistente em Jô e goleada na sequência. Veremos o quanto esse fator será importante mais adiante, especialmente nas rodadas finais. Afinal, no Brasileiro, duas vitórias são seis pontos.

E os jogadores? Ah, e o Ronaldinho?

Na imprensa nacional há quem prefira se limitar na desqualificação a Ronaldinho Gaúcho pelo seu histórico de baladeiro, assim como Jô, enquanto desdenham do jovem garoto Bernard, de 19 anos, que hoje joga com um ídolo que o inspira e faz seu futebol crescer, tal como ocorreu com ninguém menos que Messi, como pode ser visto neste vídeo de seu primeiro gol profissional pelo Barcelona, aos 17 anos.

Por ora, é muitíssimo cedo para se falar em título, o que é óbvio, mas não para falarmos de Libertadores, apesar de o que um clube deve mirar sempre seja o título. O campeonato é longo, haverá contusões, expulsões, cartões amarelos, vermelhos, e também o retorno de jogadores do departamento médico e contratações pontuais que Cuca sabe tão bem fazer.

No saldo geral, após muitos anos o clube volta a Belo Horizonte sendo visto, percebido e comentado como um dos candidatos a disputar até o fim pelo título, dado que o clube hoje possui elenco, centro de treinamento de alta qualidade, preparador físico, de goleiro e médico da Seleção, um goleiro (Victor), um zagueiro (Réver) e dois atacantes (Bernard e Jô) que podem ser selecionáveis. Um plantel competitivo, de casa nova e reinaugurando sua relação com a sua apaixonada torcida, mas que só nas últimas rodadas saberá o tamanho de suas pernas.

O plantel

Goleiros: Victor, Giovanni, Renan Ribeiro.
Laterais : Marcos Rocha, Júnior Cesar, Carlos Cesar, Triguinho.
Zagueiros: Réver, Rafael Marques, Leonardo Silva, Sidimar, Luiz Eduardo
Volantes: Pierre, Leandro Donizete, Fillipe Soutto, Serginho, Richarlyson.
Meias: Ronaldinho, Bernard, Danilinho, Escudero.
Atacantes: Jô, Guilherme, André, Juninho, Neto Berola, Paulo Henrique.