Por Gilson Moura Junior
Bolivar esfregava suas mãos ao ver a equipe da elite Fluminense, herdeira do Império do Brasil adentrar o coliseu de Barinas. Buscava insuflar os fiéis bolivarianos para que em um átimo de esforço garantissem uma pequena glória, um brilhareco nesta página de vexames escrita pelo clube do Irmão de Chávez.
Já a egrégora da aristocrática equipe das Laranjeiras, com o reforço cósmico Rodrigueano, patinava na sonolência que a longa viagem para a revolucionária pequena Veneza causou. Além disso, a soberba tricolor diante dos mais humildes adversários quase custou caro em alguns poucos pequenos suspiros de magia bolivariana.
O Duro jogo, de se ver, caminhava para a preguiçosa troca de magia entre a força do sonho continental da grande Colômbia e a cósmica força imperial com toques de "A Vida como Ela é" até que Abel, o mito, disse: "Vai Sóbis, vai ser Gauche na vida!".
E foi.
Um chute, um balaço, uma pintura. Dizem que desviou no zagueiro, clamam os fanáticos do vídeo tape que desviou na zaga,mas apenas os míopes da alma não veriam o toque de arte, o único toque de arte do artilheiro do improvável nesta pintura de gol que coroava mais uma goleada tricolor.
Foi mais um gol, um único gol, um gol 100%.
O restante inútil da partida era só um calmante para que a feliz torcida tricolor pudesse dormir e trabalhar sem a euforia enganosa dos placares elásticos. Era só um aviso que estamos começando sem gastar o futebol, guardando-o pras batalhas que virão nas próximas fases onde garantimos o direito de disputar hoje.
Hoje o Futebol passou na janela, mas La carolina não viu.. e nem precisava, bastava um gol, aquele que coroa nossas goleadas.
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