quinta-feira, 15 de março de 2012

Leiteria - A Batalha das Oficinas

Por Gilson Moura Junior

Não a vi, mas a intuía. Não a vi, mas saboreava-a.

A ignorância que compromissos pessoais exigia como paga não cegava-me à batalha que pavimentaria mais um pedaço da estrada tricolor à Glória. Entendia a dura e suada batalha pela conquista da cidadela de Bolivar.

À beira da rua das oficinas rugia o estrondo de um soberbo esquadrão diante de uma bem construída muralha que conteria os arroubos arrogantes de guerreiros iludidos por um "aprendizado" desta guerra pela libertação como quem esquece a paciência necessária para superar os obstáculos que toda guerra exige.

Como avisara o Comandante, a batalha exigiria paciência, entrega de guerreiros e nação para a superação da aguerrida resistência da humilde, porém séria, cidadela bolivariana. E nada mais próprio, poético e simbólico que o golpe fatal para a derrocada dos resistentes que um balaço proferido pelo mais humildade dos guerreiros, o recém chegado e contestado Zagueiro Anderson.

O Esquadrão entendeu a lição ou voltará a entrar em campo armado de vaidade e soberba diante de mais um valoroso adversário? A caminhada para a glória é longa, dura, exige mais que apenas esforço, exige alma, exige a sabedoria dos que caem e retornam do inferno para a construção do palácio do legado histórico.

Quem aprende o segredo das batalhas não dá cotoveladas em adversários arriscando-se a  expulsões e suspensões, coisa que um de nossos principais guerreiros parece ter esquecido em meio a seus discurso de "superação".

Superamos mais um obstáculo, demonstramos flancos, falhas, brechas, que nossos inimigos saberão explorar. Mostramos mais virtudes, a da paciência, a da insistência. Demos mais um passo retomando o caminhos das famosas "Goleadas Tricolores" de Zezé Moreira.

No mítico dia em que nossa vaidade enfrentou a humildade, o gol da humildade nos relembra tempos onde éramos o Timinho e levamos a taça.

Estamos no  caminho certo basta segui-lo com humildade.

2 comentários:

  1. Fred merece mesmo o puxão de orelha.

    Vencemos por 1 a 0, 2 a 1, e 1 a 0. Impossível mesmo não se lembrar do "Timinho" de Zezé Moreira...

    Venezuela, aí vamos nós!

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