Por Gilson Moura Henrique Junior
Exato,é isso mesmo! Pintou o campeão!
Não, não tô maluco, não desandei, não bebi marafo e farelo, não comi gnomo. Pintou o campeão!
A Libertadores e o Fluminense nunca tiveram um longo caso de amor ou possuem laço formidável de segurança, ambos tateiam-se desde a década de 1970, com o fidalgo clube das Laranjeiras agindo mal com a moça em suas primeiras participações, pagando o mico de desprezá-la.
Em 2008 a punição veio a cavalo com um romântico e poético flerte que durou meses e ao final terminou em um toco cavalar, grosseiro até, onde a moça do auge de sua beleza nos negou a glória.
Em 2011 uma nova e dura tentativa, meio tímida, com algum receio, terminou cedo, mas eis que estamos lá novamente e desta vez parece que o Fluminense se apresenta como é.
Novamente somos o melhor time da primeira fase, como em 2008, mas desta vez não vestimos o traje do favoritismo, inclusive somos anunciados pela mídia como um modesto melhor time da primeira fase, como um azarão que deu certo. Somos um time preguiçoso, um time qualquer.
E não, isso não é ruim, a Copa está aprendendo a nos conhecer, este clube estranho que suspira pelo gol no último minuto e pelo placar minimo desde que inicia seus passos no mundo da bola, logo ele que é o primogênito de um de seus grandes centros.
Vamos devagar, devagar e fingindo preguiça, como quem não quer e ai ao bater o gongo da impossibilidade nos jogamos, como He-Man, e fazemos de peixinho, e surtamos, e gritamos rodando os braços e somos isso, essa insanidade cardíaca.
O Fluminense não jogou o futebol que dele se espera, exceto quando precisou. O Fluminense nunca jogou o futebol que dele se espera, exceto quando precisou. Não só agora, sempre. O Fluminense de alguma forma espera o átimo de glória possível, até mesmo para amarrar o sapato enquanto olha a beleza da moça que vem e que passa a caminho do mar.
E é chegada a hora de meninos se tornarem homens, são as oitavas, é o mata-mata. É chegada a hora do olho de tigre e mais, é chegada a hora do Fluminense, para a glória ou o mais profundo e dramático fracasso.
O roteiro aponta para a glória.
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