quarta-feira, 11 de abril de 2012

Da Ideia Informa - Editorial - A morte e a morte nos direitos humanos

Por Gilson Moura Junior

Estamos em dias difíceis, como sempre houveram. 

Em todas as épocas questões graves perpassaram a luta entre conservadores e mudancistas, entre reformadores e inquisidores, entre bons e maus, entre vermelhos e azuis, entre gregos e troianos.

Acabo de saber que Tomas de Aquino e Santo Agostinho eram a favor do Aborto, e que a igreja em geral o apoiava na idade média. Acabo de ressaber que pastores evangélicos e padres católicos pedem uma infantil e cômica exoneração de um Ministro do Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte do país, por este ter votado a favor da legalização do aborto de fetos anencéfalos.

Estamos diante de novas discussões e novas batalhas desta eterna luta entre um lado e outro que define como civilizadas suas questões e obscurantistas as do outro. 

Da mesma forma nesta semana o mesmo STF que se envolve em uma polêmica discussão sobre o aborto, mesmo que no caso focado na questão da anencefalia, também vai tratar da questão da lei da Anistia e da abertura dos arquivos da ditadura civil-militar que se iniciou pós-1964, e mais um pedaço da eterna luta se levantará, neste Fla x Flu que começou 40 minutos depois da existência.

Nestas épocas de binarismos e retorno ao Fla x Flu primordial é fundamental optar, levantar nossa volumosa bunda da cadeira e partir pra cima do adversário, dar-lhe um come desmoralizante e partir pro abraço em  um golaço trinunfalista.

E é por isso que o Da Idéia se  posiciona a favor da legalização do aborto de forma ampla, geral e irrestrita, assim como é a favor da revisão da ampla, geral e irrestrita anista para torturadores, assassinos, covardes e ladrões que no alto de uma coragem de almanaque nos agridem pela manutenção dos corpos dos desaparecidos na ditadura ainda ocultos.

É por isso que o Blog se posiciona a favor da ampla autonomia feminina na gestão de seu corpo, mesmo sendo uma besta quadrada na maioria das questões ligadas ao feminismo.

É preciso tocar essas bolas para o gol, para a ampliação da cidadania e para que nosso futebol, este velho e violento esporte bretão, se alinhe com a política e faça o time da liberdade campeão.

É preciso mais politica no futebol, a política que luta ao lado do avanço, a política representada em Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, nosso patrono não oficial, não aprisionado e que deu um drible filosófico ao nosso futebol e a luta pela democracia nas quatro linhas, nos vestiários, na abolição das concentrações.

Precisamos abolir escravaturas diariamente, em todas as épocas, em todos os planos, em todos os anos.

Precisamos jogar pra frente nessa luta. 

Precisando pra formar o time estamos ai.



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