quinta-feira, 21 de junho de 2012

Leiteria - Uma explosão atlântica

Por Gilson Moura Henrique Junior

Existem momentos em que o futebol garante dias, sorrisos, medos e ódios.

Há no germe do ludopédio a máxima da insanidade e da criação de clássicos da tragicomédia humana, como se a mistura de tudo o que foi escrito na literária vida humana, na história dos tempos se resumisse e jactasse da dramaticidade cômica em um resumo mutante chamado Futebol.

Há no futebol uma condensação de loucuras, amore,s ódios e horrores, que destrutivos ou genialmente criativos movem a roda do destino e remitologizam o viver.

Saem Hércules, Teseu e Perseu, entram Garrincha, Pelé, Messi, Cristiano Ronaldo, Deco, Luis Fabiano, Danilo, Juninho Pernambucano.

É no futebol que heroísmos sangram por sofrerem um carrinho maldoso ou belezas são construídas com corpos no ar em uma bicicleta, chutes cruzados mortais, ou aquele gol que faz das multidões explosões atlânticas, enchentes amazônicas na roda viva do poeta, no coração dos poetas cantores deste Brasil Varonil.

É no Futebol que a jornada do Herói se concretiza em jornadas épicas como a  do Fluminense em 2009, em solidas campanhas como a do Corinthians na libertadores deste ano, onde a queda de um gigante como o São Paulo, tri Brasileiro em 2007/08/09 e hoje um time sem alma.

É no Futebol que jovens como Wellington Nem tornam-se esperança, veteranos como Juninho Pernambucano e Deco são marcos fundadores de esperança de torcidas que se espalham apaixonadas por um país que ama com todos os seus sotaques, antes de tudo, o viver as cores de cada tradição chamada clube.

Ontem mais uma torcida se alegrou com uma vitória que a eleva, pela primeira vez, a finalista de uma Libertadores. Mais uma torcida chega perto do píncaro máximo, de fixar sua bandeira no ponto mais alto dos Andes e encheu a cidade de São Paulo de uma mistura de alegria e ódio que faz do Futebol a marca de uma megalópole.

E é o Futebol que gera essa corrente de emoções que nos faz humanos, que nos faz guerreiros, mosqueteiros, galos, santos.

E é nessa explosão atlântica que deita nossa fé e nosso orgulho, nossa forma de ser humanos, tricolores, alvinegros.

Que bom!

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